Todos temos noção de onde vem o vinho. Mas será que todos sabemos realmente o processo todo que antecede ao momento em que vemos a garrafa na prateleira?
Neste artigo partilharemos de uma forma simples, algumas das principais etapas, informações acerca do processo e os diferentes tipos de vinhos portugueses.
Tabela de Conteúdos:
A origem do vinho
O vinho nasce das uvas frescas (diferentes das que se come frequentemente), provenientes de diferentes tipos de castas existentes nas videiras Vitis Vinifera, que é a única espécie plantada na Europa.
As castas não são mais do que variedades de uvas. Em Portugal existem milhares de castas distintas, que são plantadas nas diferentes regiões e por isso têm diferentes características. (Olhemos para as castas como olhamos, por exemplo, para as raças de cães. Todos são cães, mas um pastor alemão é diferente de um caniche.)
Depois há ainda os fatores como o solo, o clima ou as condições meteorológicas que influenciam as características dentro da mesma casta. Por exemplo, a Touriga Nacional plantada no Douro, é diferente da Touriga Nacional plantada no Alentejo.
Como transformar a uva em vinho
Após vindimados (colhidos), os cachos de uvas são transportados para as adegas e são separados do engaço, parte verde que suporta os bagos.
As uvas são depois esmagadas por meio mecânico, ou por meio tradicional – com os pés de forma a extrair o sumo da fruta.
A partir daqui, os processos são diferentes para os vinhos Branco, Tinto ou Rosé.
Vinho Branco
Após o esmagamento, o vinho é prensado e são separadas as partes sólidas das partes liquidas. É nesta fase que o vinho deixa de estar em contacto com as peles e não há mais lugar à extração de cor e outros componentes.
Inicia-se então o processo de fermentação, em que as leveduras presentes nas adegas e nas próprias uvas, fazem a transformação do açúcar presente nas uvas em álcool e dióxido de carbono. No fundo, é um processo tão simples como respirar. As leveduras “inspiram” açúcar e “expiram” álcool e dióxido de carbono.
Esta fermentação pode ocorrer em cubas, tanques de inox ou barris de madeira (também conhecidos como barricas) consoante o resultado que desejarmos.
Após o fim da fermentação, o vinho estagia em cubas de inox ou barris de madeira. A madeira confere ao vinho características mais complexas que o inox.
Após o período de estágio definido pela enologia, o vinho é engarrafado, et voilá, podemos desfrutar de um bom vinho branco.
Vinho Branco
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Vinho Tinto & Rosé
Lembras-te onde paramos? Ok. Os bagos eram esmagados e agora seguia-se a prensa, certo? Errado!
Para extrair a cor das peles, o sumo precisa estar em contacto com as mesmas. Por isso, adia-se a separação da parte sólida e líquida e ambas fermentam em conjunto.
No caso do vinho rosé, como não se pretende que a cor seja tão forte, o tempo de contacto com as peles é menor.
Após isso, é hora de prensar e separar o líquido, para que este possa estagiar em cubas de inox ou barricas de madeira.
Muitas vezes associamos o estágio em madeira a mais qualidade, o que nem sempre é necessariamente verdade.
Vinho Tinto
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As 14 regiões vitivinícolas de Portugal
Portugal tem 14 regiões vitivinícolas, cada uma com as suas características e estilos de vinho únicos. Cada uma destas regiões divide-se depois em sub-regiões “especializadas”, em diferentes castas (tipos de uva) ou estilos de vinho (fortificados, espumantes, entre outros).
Em baixo é possível consultar a lista e perceber alguns dos vinhos/estilos mais conhecidos de cada uma.
1. Vinho Verde
Região conhecida maioritariamente pelos vinhos brancos da casta Alvarinho.
Quantas vezes já te fizeram a pergunta “Bebes vinho branco?”, e à qual respondeste “Verde ou maduro?”? Pois bem, vamos ajudar a ultrapassar este mito dos vinhos!
Na verdade, Vinho Verde é o nome de uma região vitivinícola portuguesa, tal como é o Douro, o Alentejo ou o Dão, por exemplo. A região do Vinho Verde situa-se no entre Douro e Minho, e é conhecida pela sua paisagem coberta de vegetação.
Assim, tal como nas outras regiões, também na região do Vinho Verde podemos encontrar vinhos brancos, tintos ou rosé, embora 75% da produção seja feita em brancos.
Ou seja, na verdade, todos os vinhos são feitos de uvas maduras. A única diferença está na origem das uvas e nas castas utilizadas.
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2. Trás-os-Montes
A região de Trás-os-Montes situa-se a norte da região do Porto e Douro e à direita da região do Vinho Verde.
Os vinhos tintos de Trás-os-Montes são muitas vezes feitos a partir de castas como Touriga Nacional, Tinta Roriz e Bastardo, e são tipicamente encorpados com sabores intensos de fruta e taninos firmes.
Os vinhos brancos são menos conhecidos, mas podem ser bastante interessantes. São tipicamente feitos a partir das castas Rabigato e Viosinho e geralmente são leves, com acidez crocante e aromas cítricos e florais.
3. Porto e Douro
Região muito conhecida pelos Vinhos do Porto (Fortificados), mas também pelos vinhos tranquilos (ou de mesa).
É desta região que sai um dos maiores ícones dos vinhos portugueses – o Barca Velha!
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4. Távora-Varosa
A região situa-se a sul do rio Douro e aqui os espumantes são reis e marcas como Terras do Demo e Murganheira são das mais conhecidas.
5. Bairrada
Uma região menos conhecida em Portugal, mas que tem vinhos muito distintos e com uma excelente acidez, devido à sua proximidade com a costa atlântica.
A casta mais conhecida desta região é a Baga, utilizada sobretudo para espumantes e vinhos tranquilos tintos.
6. Dão
Para muitos é a região que produz os vinhos mais elegantes de Portugal! Alguns chamam-lhe até a “Borgonha portuguesa”, em clara alusão à região francesa mundialmente conhecida.
As principais castas tintas da região são Tinta Bastarda, Touriga Nacional, Alfrocheiro e Bastardo. Já para vinhos brancos, a são utilizadas a Cerceal-Branco, Malvasia Fina ou Encruzado.
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7. Beira Interior
A Beira Interior é a região vitivinícola mais alta de Portugal, onde as vinhas situam-se entre os 350 e os 750 metros de altitude.
Tem vinhos muito interessantes, uma vez que são produzidos muito perto da Serra da Estrela, o que lhes confere características muito específicas.
8. Lisboa
Uma das regiões com maior crescimento nos últimos anos em Portugal e que apresenta uma boa relação qualidade-preço em muitas marcas.
As principais castas brancas da região são: Arinto, Fernão Pires e Vital. Por sua vez, as castas tintas mais utilizadas são: Castelão, Ramisco, Tinta Miúda e Touriga Nacional.
9. Tejo
Nos últimos anos, tem havido uma aposta na melhoria da qualidade da região, com muitos enólogos a experimentar novas castas e técnicas de vinificação para produzir vinhos com maior complexidade e profundidade.
O clima da região do Tejo é influenciado pelo rio Tejo, que ajuda a moderar as temperaturas e a criar um ambiente de cultivo ligeiramente mais fresco em comparação com outras partes do centro de Portugal. Isso pode resultar em vinhos com boa acidez e frescos, bem como taninos equilibrados nos vinhos tintos.
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10. Península de Setúbal
É também uma das regiões com mais procura em Portugal, muito devido ao trabalho desenvolvido pela produtora Ermelinda Freitas.
Aqui encontram-se vários estilos de vinho com castas nacionais como a Castelão (tinta), mas também com castas internacionais como a Sauvignon Blanc (branca) ou a Syrah (tinta).
11. Alentejo
Com cerca de 22000 hectáres de vinha, é a maior região vitivinícola de Portugal, e também a mais “consumida”.
Os vinhos do Alentejo são normalmente encorpados e cheios de fruta – ideais para acompanharem a gastronomia rica da região!
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12. Algarve
O Algarve é outra região em ascensão. Tem ainda poucos vinhos conhecidos, e produz essencialmente vinhos tintos frutados e leves com taninos baixos.
Os vinhos brancos são produzidos a partir de castas como Arinto, Antão Vaz e Roupeiro, que conseguem manter a sua acidez mesmo no clima quente do Algarve. Esses vinhos costumam ser leves e crocantes, com sabores cítricos e de frutas tropicais.
13. Madeira
A Madeira é conhecida, sobretudo, pelos seus vinhos fortificados e que acompanham na perfeição uma boa sobremesa. As principais castas utilizadas são Sercial, Verdelho, Bual e Malvasia.
O vinho da Madeira é normalmente envelhecido em barris de carvalho, num processo conhecido como “estufagem”, que envolve o aquecimento do vinho a altas temperaturas para simular os efeitos do envelhecimento a longo prazo. O calor também pode conferir ao vinho da Madeira sabores característicos do caramelo, toffee e nozes torradas.
Os quatro estilos principais de vinho da Madeira são Sercial, Verdelho, Bual e Malvasia, que recebem o nome das variedades de uvas usadas para produzi-los:
- O Sercial é o estilo mais seco, com muita acidez e aromas cítricos e de maçã verde;
- O Verdelho é um pouco mais doce e encorpado, com sabores de mel e frutos secos;
- O Bual por sua vez, é ainda mais doce e rico, com sabores de caramelo, frutas secas e especiarias;
- Por último, o Malvasia é o estilo mais doce e encorpado, com sabores de passas, caramelo e chocolate.
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14. Açores
Açores é uma região em ascensão, principalmente alavancada nos projetos existentes na Ilha do Pico.
A maioria dos vinhos produzidos são brancos e utilizam as castas Arinto, Terrantez e Verdelho. São vinhos cheios de mineralidade, com excelente acidez e notas de frutos tropicais e citrinos.
Conclusão
Agora sabes como o néctar dos deuses chega ao teu copo! Claro que há muitos outros fatores para além das castas e das regiões que influenciam o resultado, no entanto, seria demasiada informação para um artigo só, e não queremos tornar-nos demasiado técnicos.
Portugal pode não ser um país muito grande, mas é certamente um país cheio de diversidade e vinhos de grande qualidade!
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