Explorar trilhos e percursos pedestres revela-se uma forma incrível de desvendar os segredos de um país. Estes caminhos oferecem a oportunidade única de imergir na essência de uma região, apreciar a sua beleza natural e descobrir lugares ocultos que só podem ser alcançados a pé.

Portugal está repleto de paisagens deslumbrantes, desde majestosas montanhas até encostas litorais pitorescas. Uma variedade impressionante de ambientes naturais para serem explorados.

No trekking, embarca-se numa jornada fascinante, testemunha-se a riqueza da fauna e flora, desfrutando de vistas deslumbrantes, conectando-nos com a natureza.

Calçar as botas e preparar a mochila são os primeiros passos para explorar tesouros escondidos e descobrir a beleza singular de cada local.

Vamos descobrir juntos os encantos dos 25 melhores trilhos em Portugal?

Tabela de Conteúdos:

25 Trilhos portugueses que precisas de conhecer

Região Norte

Passadiços do Paiva (Arouca, Aveiro)

Passadiços do Paiva
Passadiços do Paiva (Fonte: Passadiçosdopaiva.pt)

Explorar os Passadiços do Paiva é uma experiência imperdível para os amantes da natureza que pretendam iniciar-se na prática de trekking.

Localizado na região norte de Portugal, este trilho proporciona uma jornada fascinante ao longo do Rio Paiva, revelando a riqueza e a diversidade da fauna e flora da região, juntamente com a exuberância das encostas verdejantes.

O percurso de aproximadamente 9 km é repleto de atrativos naturais, como cascatas, piscinas naturais e formações rochosas impressionantes. Atravessar as pontes suspensas, projetadas em perfeita harmonia com o ambiente, oferece uma sensação de aventura e adrenalina.

É recomendável iniciar o percurso na praia fluvial do Areinho, de forma a evitar a subida das escadarias no início. Para retornar ao ponto inicial existem táxis disponíveis na zona.

Atualmente, é necessário reservar antecipadamente a entrada, tendo um custo de apenas 2€, a fim de controlar o acesso e evitar aglomerações, contribuindo para a manutenção do local.

Características:
  • Distância: 8.7 km
  • Altitude: 95m (min.) – 295m (máx.)
  • Duração Média: 2h e 30 min
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Fácil / Moderada

PR3 Trilho das Fisgas de Ermelo (Mondim de Basto, Vila Real)

Fisgas de Ermelo
Fisgas de Ermelo (Fonte: Câmara Municipal Mondim de Bastos)

O Trilho das Fisgas de Ermelo é uma experiência única entre os trilhos em Portugal.

Situado em Mondim de Basto, este percurso encanta os amantes do trekking com as suas cascatas imponentes e desfiladeiros escarpados, que circundam o Rio Olo.

A singularidade deste trilho reside nas Fisgas de Ermelo, formações rochosas esculpidas ao longo de milhares de anos pela força das águas. Com impressionantes 200 metros de altura, esta cascata é uma das mais altas de Portugal. É um espetáculo da natureza que faz qualquer um se sentir pequenos diante da sua imensidão.

Para os mais aventureiros, existe ainda a possibilidade de explorar as Fisgas de Ermelo através de outros trilhos adjacentes, tornando a experiência ainda mais enriquecedora.

Características:
  • Distância: 12.4 km
  • Altitude: 327m (mín.) – 771m (máx.)
  • Duração Média: 4h e 30 min
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderada / Difícil
  • Época Aconselhada: Primavera e Outono

Trilho das 7 Lagoas – Xertelo (Parque Nacional Peneda-Gerês)

7 Lagoas - Peneda Gerês
7 Lagoas – Peneda Gerês

Explorar os Poços Verdes do Sobroso é um dos motivos imperdíveis para realizar este percurso pedestre em Portugal. Também conhecidas como 7 Lagoas de Xertelo, Poços Verdes de Cabril ou Lagoas das Lages dos Infernos, encontram-se no leito da Corga do Sobroso e possuem uma beleza singular.

O ambiente ao redor, com a sua paisagem agreste e isolada, adiciona ainda mais encanto à experiência. Cada lagoa possui a sua própria atmosfera e encanto, proporcionando momentos de tranquilidade e contemplação.

É uma aventura imperdível pela Serra do Gerês, e incluir uma toalha na mochila é indispensável para aproveitar a oportunidade de dar um mergulho.

Ao longo do trajeto, encontra-se imponentes mariolas, que guiam e indicam o caminho correto a seguir. Pode-se deixar a marca, contribuindo com mais uma pedra para esta bela paisagem.

Características:
  • Distância: cerca de 11 km
  • Altitude: 726m (mín.) – 911m (máx.)
  • Duração Média: 3h e 40min
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderada
  • Época Aconselhada: Primavera ao Outono

PR1 Trilho da Calcedónia – Gerês (Terras do Bouro, Braga)

Trilho da Calcedónia
Trilho da Calcedónia (Fonte: Câmara Municipal de Terras de Bouro)

O Trilho da Calcedónia, localizado em Terras de Bouro, Covide, oferece uma experiência emocionante. O percurso atravessa paisagens deslumbrantes, desde vales rurais até afloramentos graníticos impressionantes.

Um dos destaques do trilho é a Fenda da Calcedónia, a maior em Portugal. Um enorme morro granítico com uma fenda estreita e alta no seu interior. Embora não faça parte do percurso, a fenda é um ponto de interesse imperdível. A partir dela, é possível chegar o topo do rochedo, proporcionando vistas panorâmicas deslumbrantes.

Subir a Fenda da Calcedónia é uma experiência espetacular, mas exige preparação física e habilidades técnicas. É fundamental ter cuidado ao passar pelas partes estreitas e escorregadias.

Recomenda-se realizar a escalada acompanhado e usar calçado adequado.

Características:
  • Distância: 7.3 km
  • Altitude: 487m (mín.) – 862m (máx.)
  • Duração Média: 4 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Com a Fenda: Difícil; Sem a Fenda: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera e Outono

PR14 Aldeia Mágica do Drave (Serra da Freita, Arouca)

Aldeia de Drave
Aldeia de Drave (Fonte: Arouca GeoPark)

Situada nas profundezas, entre a imponente Serra da Freita e a majestosa Serra de S. Macário, encontra-se a encantadora aldeia de Drave. Com uma história ancestral, esta aldeia remota foi habitada por uma comunidade agrícola que vivia em perfeita harmonia com a natureza circundante.

O ponto alto desta caminhada é, sem dúvida, a chegada à aldeia de Drave. Um verdadeiro tesouro escondido que faz deste percurso um dos melhores trilhos de Portugal. Com as suas casas em ruínas e uma atmosfera misteriosa, a aldeia transporta-nos para um passado distante.

É fascinante imaginar a vida que ali se desenrolou e sentir a magia que envolve este lugar.

Características:
  • Distância: 4 km
  • Altitude: 600m (mín.) – 720m (máx.)
  • Duração Média: 3 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Fácil
  • Época Aconselhada: Primavera e Outono

Região Centro

PR5 Rota do Maciço Central (Manteigas, Guarda)

Trilho Maciço Central
Trilho Maciço Central (Fonte: Autoria Própria)

Explorar a grandiosidade e a dureza da paisagem é o destaque da Rota do Maciço Central, tornando-a única tanto em termos de trajeto quanto de paisagem natural.

Ao longo da rota, os caminheiros são constantemente surpreendidos e podem contemplar locais emblemáticos, como o Covão d’Ametade, Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), as Salgadeiras, a Lagoa do Peixão (ou da Paixão), a Ribeira da Candeeira, ou a Nave da Mestra (na derivação para as Penhas Douradas – Rota do Carvão).

A região apresenta diversos tipos de ambientes aquáticos, resultantes da elevada precipitação e da topografia acidentada, que constituem elementos únicos numa paisagem aparentemente monótona.

A elevada altitude do Maciço Central oferece paisagens deslumbrantes, vistas panorâmicas de tirar o fôlego e uma experiência única em contacto com a natureza.

Para desfrutar ao máximo, é indispensável levar um bastão de caminhada para ajudar nas partes mais íngremes e um par de binóculos para apreciar a vida selvagem.

Características:
  • Distância: 10 km; 19,6 km (com derivações)
  • Altitude: 1423m (mín.) – 1931m (máx.)
  • Duração média: 6 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Difícil
  • Época Aconselhada: Primavera, verão, outono

PR1 e PR2 – Poço do Inferno e Rotas do Javali (Manteigas, Guarda)

Poço do Inferno
Poço do Inferno (Fonte: Câmara Municipal de Manteigas)

Estas duas rotas emblemáticas na Serra da Estrela merecem um lugar privilegiado no ranking dos melhores trilhos e percursos pedestres de Portugal.

A Rota do Poço do Inferno, com 2.5 km de extensão, pode ser combinada com a Rota do Javali, que possui 11 km, e assim resulta num percurso circular com aproximadamente 14 km.

Ao longo destas rotas, atravessa-se florestas magníficas, especialmente deslumbrantes durante o outono, quando os castanheiros, freixos e carvalhos apresentam cores vibrantes.

Destacam-se também as quedas de água da ribeira de Leandres, as imponentes cascatas do Poço do Inferno e a vista panorâmica sobre Manteigas.

Características:
  • Distância: 2.5 km (PR1); 11 km (PR2)
  • Duração média: 3h (PR1); 2h (PR2)
  • Altitude: 1081m (mín) – 1150m (máx.) (PR1); 722m (mín.) – 1306m (máx.) (PR2)
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera, Verão, Outono

PR5 Rota da Garganta de Loriga (Serra da Estrela)

Rota da Garganta da Loriga
Rota da Garganta da Loriga (Fonte: Turismo de Seia)

A Rota da Garganta de Loriga é um trilho Into the Wild que conecta o planalto superior da Serra da Estrela à vila de Loriga, através de caminhos usados apenas por pastores.

É considerado um dos melhores trilhos pedestres de Portugal, oferecendo uma experiência imersiva na natureza.

Ao longo do percurso de 8 km, os caminhantes podem desfrutar de locais emblemáticos, como o Vale Glaciar de Loriga, os Covões do Boleiro, do Meio, da Nave e da Areia, a barragem do Covão de Meio e a Eira da Pedra.

A principal atração da rota é a garganta do rio Loriga, uma deslumbrante queda d’água, com águas cristalinas e impressionantes paredes rochosas.

Características:
  • Distância: 8.7 km
  • Altitude: 768m (mín.) – 1838m (máx.)
  • Duração média: 3h 30min
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderada
  • Época Aconselhada: Primavera, verão, outono

PR3 Rota da Levada (Lousã, Coimbra)

Rota da Levada
Rota da Levada (Fonte: Turismo de Coimbra)

A Rota da Levada, localizada na encantadora vila de Lousã, é um dos trilhos mais procurados em Portugal. Com uma extensão de 7 km, proporciona aos visitantes uma experiência única, explorando a beleza natural da região.

O percurso é marcado pelas densas florestas de carvalhos e castanheiros, e riachos que fluem numa atmosfera tranquila.

Além disso, vale a pena mencionar a Levada de Lousã, um antigo canal de água utilizado para abastecer os moinhos da região, e a vista panorâmica do Castelo da Lousã.

Características:
  • Distância: 7 km
  • Altitude: 300m (mín.) – 700m (máx.)
  • Duração média: Cerca de 4 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderada
  • Época Aconselhada: Primavera, verão, outono

PR1 Trilho das Cascatas (Vila de Rei, Castelo Branco)

Cascata de Vila de Rei
Cascata de Vila de Rei (Fonte: Aldeiasdoxisto.pt)

Durante o percurso, é possível apreciar a exuberante vegetação e ser envolvido pela serenidade proporcionada pelo som da água corrente.

O destaque deste trilho são as cascatas, como a Cascata do Escalvadouro e a Cascata dos Poios, que criam cenários deslumbrantes ao longo do trajeto. Verdadeiros tesouros naturais e proporcionam momentos de contemplação únicos durante a jornada.

No entanto, as maravilhas naturais vão além dessas duas impressionantes quedas d’água. É possível encontrar uma infinidade de poços, lagoas e pequenas cascatas que compõem uma paisagem natural de uma beleza cativante. Cada recanto reserva surpresas encantadoras, convidando-nos a explorar.

Para aproveitar ao máximo a aventura, é indispensável utilizar protetor solar, garantindo uma experiência agradável e segura.

Características:
  • Distância: 10 km
  • Altitude: 266m (mín.) – 513m (máx.)
  • Duração média: 4 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Fácil
  • Época Aconselhada: Primavera e verão

Região Sul

PR1 Trilho dos Sete Vales Suspensos (Lagoa, Algarve)

Trilho dos Sete Vales Suspensos
Trilho dos Sete Vales Suspensos (Fonte: Unsplash; Mélanie Arouk)

O Trilho dos Sete Vales Suspensos é um percurso deslumbrante que leva a explorar a costa algarvia, entre as praias de Vale Centeanes e a Praia da Marinha, em Lagoa.

Ao longo dos cerca de 12 km (ida e volta), as paisagens são de cortar a respiração e as falésias imponentes. Conta ainda com enseadas escondidas e uma biodiversidade rica.

Entre os pontos de destaque do percurso estão as formações rochosas, como a famosa Ponta da Piedade, com as suas rochas recortadas e grutas escondidas.

Uma experiência única, proporcionando um contacto íntimo com a beleza selvagem da costa algarvia.

Características:
  • Distância: 6 km (12 km ida e volta)
  • Altitude: 1m (mín.) – 46m (máx.)
  • Duração Média: 3 h (6 h ida e volta)
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Fácil / Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera e Outono

Rota Vicentina: Trilho dos Pescadores (Vila do Bispo, Algarve)

Cabo de São Vicente
Cabo de São Vicente (Fonte: Região de Turismo do Algarve)

O Trilho dos Pescadores, que se estende por 226.5 km, em 13 etapas ao longo da costa, é aclamado como um dos melhores trilhos costeiros do mundo.

Explorar vistas panorâmicas deslumbrantes do oceano ao percorrer os caminhos à beira-mar, enfrentar o desafio físico do vento marítimo (pelo que é imprescindível um corta-vento) e apreciar as paisagens costeiras robustas e a natureza selvagem e persistente fazem deste trilho uma preciosidade.

Ao percorrer os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina, é importante seguir as marcações e respeitar o ecossistema frágil ao longo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Não é recomendado para pessoas com vertigens ou medo de alturas, devido à natureza das falésias. É importante observar as regras, como não acampar ilegalmente e procurar parques de campismo ao longo do percurso.

Características:
  • Distância: 226.5 km
  • Altitude: 1m (mín.) – 158m (máx.)
  • Duração Média: 13 dias
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderado / Difícil
  • Época Aconselhada: Todo o Ano

PR9 Entre o Escalda e o Pulo do Lobo (Métrola, Beja)

Pulo do Lobo
Pulo do Lobo (Fonte: Turismo de Métrola)

A histórica vila de Mértola, localizada no coração do Parque Natural do Vale do Guadiana, é a base perfeita para explorar este polo de biodiversidade, e o lar do lince ibérico. Aqui encontramos um dos mais belos trilhos pedestres de Portugal.

Logo no início do trilho, é possível visitar a pequena Anta das Pias, uma espécie de caça ao tesouro antes da caminhada.

Este trilho encantador, situado em Mértola e no Parque Natural do Vale do Guadiana, oferece vistas panorâmicas dos rios Escalda e Pulo do Lobo, proporcionando paisagens impressionantes. Uma caminhada pelas terras agrestes de xisto do Guadiana selvagem.

Características:
  • Distância: 6 km
  • Altitude: 51m (mín.) – 150m (máx.)
  • Duração Média: 3 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: entre Março e Agosto (evitar o período de caça e época de chuva)

PR2 Portagem – Marvão (Marvão, Portalegre)

Castelo de Marvão
Castelo de Marvão (Fonte: Turismo do Alentejo e Ribatejo)

Percorre os arredores da encantadora vila de Marvão e destaca-se por oferecer uma experiência única, envolvendo os caminhantes numa jornada através da história, da natureza exuberante e de vistas panorâmicas deslumbrantes.

Com início no largo das Almas, atravessa algumas das paisagens mais bonitas do Alto Alentejo. A zona é reconhecida pelos carvalhos, sobreiros, castanheiros e choupos.

Ao longo do percurso, dá para explorar alguns pontos de interesse: A vila de Marvão e o seu majestoso Castelo, a Portagem, uma antiga alfândega que já serviu como local de cobrança de impostos, e o Rio Sever com a sua Ponte Quinhentista.

Características:
  • Distância: 12 km
  • Altitude: 431m (mín.) – 561m (máx.)
  • Duração Média: 3 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Fácil
  • Época Aconselhada: entre Março e Agosto (evitar o período de caça e época de chuva)

PR1 Trilho Escritas de Pedra e Cal (Reguengos de Monsaraz, Évora)

Aldeia de Monsaraz
Aldeia de Monsaraz (Fonte: Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz)

Este percurso, repleto de pontos de destaque, leva-nos numa viagem no tempo, percorrendo antigas calçadas romanas e contemplando as inscrições rupestres únicas.

O trilho parte e termina na encantadora vila medieval de Monsaraz, permitindo descobrir alguns dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da região do Lago do Alqueva, destacando-se o milenar Cromeleque do Xarez.

Durante a caminhada, é indispensável levar uma câmara fotográfica, essencial para capturar a beleza das paisagens, das formações rochosas e das escritas ancestrais.

Características:
  • Distância: 13 km
  • Altitude: 183m (mín.) – 306m (máx.)
  • Duração média: 3 a 4 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Todo o Ano

Madeira

PR6 Levada das 25 Fontes + PR6.1 Levada do Risco (Ponta do Sol, Madeira)

Levada das 25 Fontes
Levada das 25 Fontes (Fonte: Câmara Municipal da Calheta)

Para contextualizar, as levadas são canais de irrigação construídos ao longo dos séculos na Madeira, que também servem como trilhos. Elas proporcionam uma oportunidade única de explorar a exuberância da natureza da ilha, caminhando em paralelo a esses canais de água.

Estes dois percursos, com aproximadamente 11 km (ida e volta), têm início no Miradouro do Rabaçal, localizado no Planalto de Paul da Serra.

A partir da Casa de Abrigo do Rabaçal, caminha-se sempre em paralelo às levadas, atravessando a floresta subtropical de Laurissilva, reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO desde 1999.

Além da beleza idílica do percurso, com sua exuberante vegetação, na extremidade da Levada do Risco encontra-se uma impressionante cascata que se precipita pela rocha.

No final da Levada das 25 Fontes, surge um anfiteatro natural de rara beleza onde a partir de um enorme rochedo, brotam e escorrem 25 linhas de água, formando a paradisíaca Lagoa das 25 Fontes.

Características:
  • Distância: 11 km (ida e volta)
  • Altitude: 964m (mín.) – 1288m (máx.)
  • Duração média: 5 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Todo o ano, evitando períodos de chuvas intensas

PR6.2 Levada do Alecrim + PR6.3 Vereda da Lagoa do Vento (Ponta do Sol, Madeira)

Levada do Alecrim
Levada do Alecrim (Fonte: Câmara Municipal de Calheta)

Uma das levadas favoritas da Madeira, é a Levada do Alecrim combinada com o trilho da Vereda da Lagoa do Vento.

O ponto de partida é o Miradouro do Rabaçal, o mesmo utilizado pelas Levadas das 25 Fontes e do Risco. O percurso tem cerca de 9 km de extensão, contando também com o desvio até à Lagoa do Vento, que acrescenta mais 2 km.

A partir do Miradouro do Rabaçal, basta seguir uns metros na estrada alcatroada e virar à direita para entrar nos encantadores túneis de urze que acompanham a levada. No final do trajeto, encontra-se a Cascata e Lagoa da Dona Beja, um local paradisíaco, onde poderá desfrutar-se de um refrescante banho.

Próximo à Lagoa da Dona Beja, encontra-se uma placa que indica o desvio até à Lagoa do Vento, um verdadeiro pedaço do paraíso na ilha. Embora seja apenas 1 km de distância em cada direção, o desnível é bastante acentuado, com cerca de 700 metros de desnível para cada lado, tornando essa parte do percurso mais desafiadora.

Características:
  • Distância: 9 km (com desvio até à Lagoa do Vento); 7 km (apenas Levada do Alecrim)
  • Altitude: 1256m (mín.) – 1600m (máx.)
  • Duração média: Varia de acordo com o ritmo de caminhada e pausas
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera e verão

PR1 Trilho Vereda do Areeiro + PR1.2 Vereda do Pico Ruivo (Santana, Madeira)

Vereda do Areeiro
Vereda do Areeiro (Fonte: Turismo da Madeira)

A Vereda do Areeiro é considerado o trilho principal da Ilha da Madeira, sendo uma das melhores caminhadas e levadas que se pode fazer na região.

Este percurso de alta montanha conecta o Pico do Areeiro (1817 m) ao Pico Ruivo (1861 m), o ponto mais alto da ilha. Atravessa o impressionante Maciço Montanhoso Central da Madeira, oferecendo vistas deslumbrantes e desafiando os caminhantes com terrenos exigentes.

Durante a caminhada, enfrenta-se acentuadas subidas, túneis e estreitos corredores esculpidos nas rochas, além de se lidar com as mudanças climáticas repentinas da região. O céu pode transformar-se de um dia ensolarado num nevoeiro denso ou criar um mar de nuvens nos vales.

Mas as paisagens fabulosas do Maciço Montanhoso Central são verdadeiramente impressionantes e recompensam todo o esforço da jornada, por isso, não vale deixar a máquina fotográfica em casa.

É importante notar que este trilho é linear e o Pico Ruivo não possui acesso por estrada.

Para o regresso, existem duas opções principais: fazer todo o percurso de volta, totalizando extenuantes 14 kms, ou caminhar mais 3 km pela Vereda do Pico Ruivo até à Achada do Teixeira, onde é possível encontrar um táxi que fará o retorno até ao Pico do Areeiro.

Características:
  • Distância: Cerca de 7 km (ida)
  • Altitude: 1491m (mín.) – 1857m (máx.)
  • Duração média: 3h e 30 min
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderado/ Dificil
  • Época Aconselhada: Primavera e verão

PR9 Levada do Caldeirão Verde (Santana, Madeira)

Levada do Caldeirão Verde
Levada do Caldeirão Verde (Fonte: Turismo da Madeira)

Este percurso segue sempre a levada, ligando o Parque Florestal das Queimadas ao Caldeirão Verde.

O destino final é um lugar de beleza excecional, onde se pode contemplar uma impressionante queda de água e uma lagoa paradisíaca. Durante a caminhada, atravessa-se quatro túneis escavados na rocha e desfruta-se das paisagens verdejantes da floresta Laurissilva.

Há a possibilidade de estender a caminhada, continuando até ao Caldeirão do Inferno. São mais 2.5 km, totalizando 5 km ida e volta, um esforço adicional de mais de 300 degraus.

Durante a caminhada na Levada do Caldeirão Verde, é indispensável levar uma lanterna ou uma lanterna de cabeça para atravessar os túneis com segurança e conforto. A iluminação dentro dos túneis pode ser limitada, e uma lanterna será um objeto muito útil para melhorar a visibilidade e evitar acidentes.

Características:
  • Distância: Cerca de 8.7 km (ida) / 17.4 km (ida e volta)
  • Altitude: 872m (mín.) – 1020m (máx.)
  • Duração média: 6h 30 min
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera, verão e outono

PR8 Trilho Vereda da Ponta de São Lourenço (Caniçal, Madeira)

Vereda da Ponta de São Lourenço
Vereda da Ponta de São Lourenço (Fonte: Turismo da Madeira)

Neste trilho há uma paisagem única e contrastante em relação ao resto da ilha. A vegetação luxuriante dá lugar a uma paisagem lunar, com rochas escarpadas e ondulantes de cores impressionantes. O clima semiárido e a exposição aos ventos do norte criam uma atmosfera singular.

Durante a caminhada, é possível observar os ilhéus da Cevada e do Farol, além de desfrutar de soberbas paisagens costeiras.

Trata-se de percorrer as ondulantes arribas da Ponta de São Lourenço, com subidas e descidas. De admirar as formações rochosas impressionantes e apreciar as vistas para a Ilha de Porto Santo e as Ilhas Desertas.

Próximo à Ponta do Furado, o Cais do Sardinha, uma baía com águas cristalinas, e a Casa do Sardinha, ideal para descansar e desfrutar de uma bebida refrescante antes de regressar.

É importante ter em atenção às condições atmosféricas do local, pois a Ponta de São Lourenço é muito ventosa e exposta ao sol. Evitar as horas de maior calor e um corta-vento é essencial, assim como manter a distância das arribas, pois as rajadas de vento são fortes e imprevisíveis.

Características:
  • Distância: Cerca de 4 km (8 km ida e volta)
  • Altitude: 23m (mín.) – 126m (máx.)
  • Duração média: 3 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera, verão e outono

Açores

PR1SJO – Trilho da Caldeira de Santo Cristo (Ilha de São Jorge)

Trilho da Caldeira de Santo Crist
Trilho da Caldeira de Santo Cristo (Fonte: Governo dos Açores)

Uma experiência inesquecível que leva a explorar uma das mais belas paisagens naturais da Ilha de São Jorge.

O início da caminhada ocorre na estrada regional, situada na região nordeste do Parque Eólico do Pico da Urze, atravessando um caminho de terra que oferece a oportunidade de apreciar uma diversidade notável de flora endémica.

O destaque deste trilho é a deslumbrante Caldeira de Santo Cristo, uma imensa cratera vulcânica que abriga uma lagoa de águas tranquilas. O cenário é simplesmente impressionante, proporcionando vistas panorâmicas de tirar o fôlego.

Além disso, é possível observar a rica vida selvagem e desfrutar da exuberante vegetação característica da ilha.

Durante o percurso, é possível encontrar antigos cabos de aço, que eram utilizados no passado para transportar lenha até às áreas habitadas.

Características:
  • Distância: 9.5 km
  • Altitude: 8m (mín.) – 673m (máx.)
  • Duração média: Cerca de 4 horas
  • Circular: Sim
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Primavera e verão

Montanha do Pico (Ilha do Pico)

Montanha do Pico
Montanha do Pico

Apesar de não estar oficialmente listado como trilho, a subida à Montanha do Pico é uma das experiências mais emblemáticas e memoráveis que se pode vivenciar. Com um desnível de 1150 metros, a subida é desafiadora e a descida pode representar um desafio adicional para os joelhos.

Para uma experiência segura, é altamente recomendável contratar os serviços de um guia especializado. Um guia experiente irá fornecer orientações seguras e precisas e partilhará informações interessantes sobre a flora, fauna e geologia da região, enriquecendo ainda mais a experiência.

A ascensão à Montanha do Pico é um verdadeiro teste de resistência física e mental. A inclinação íngreme do percurso exige uma atitude determinada. Durante a subida, é comum enfrentar terrenos rochosos e irregulares, requerendo um cuidado extra em cada passo. No entanto, cada esforço é recompensado pelas vistas sufocantes que se têm ao longo do caminho e, principalmente, no cume da montanha.

Utilizar uma mochila resistente e espaçosa o suficiente é obrigatório para carregar os pertences essenciais, como água, alimentos, agasalhos, protetor solar, chapéu, luvas, entre outros.

Características:
  • Distância: Aproximadamente 7.4 km (apenas subida)
  • Altitude: N/D
  • Duração média: 3h e 30 min (apenas subida)
  • Circular: Não (o percurso é realizado pelo mesmo caminho de ida e volta)
  • Dificuldade Técnica: Difícil
  • Época Aconselhada: Verão

PR39 Trilho Quatro Fábricas da Luz – Cascata do Segredo (Ilha de São Miguel)

Praia do Fogo, Ribeira Quente
Ribeira Quente (Fonte: Turismo dos Açores)

Explorar o Trilho Quatro Fábricas da Luz é um dos segredos imperdíveis da Ilha de São Miguel.

Este percurso linear segue ao longo da Ribeira da Praia, entre as aldeias de Lagos e Trinta Reis, revelando a impressionante Cascata do Segredo, escondida no meio de uma exuberante vegetação, e formando uma encantadora lagoa de águas cristalinas.

Durante o trajeto, é possível visitar as ruínas de quatro fábricas hidroelétricas e desfrutar do belo Poço dos Trinta Reis, uma lagoa convidativa para mergulhos refrescantes, por isso convém não esquecer da roupa de banho.

Características:
  • Distância: 4.2 km (ida e volta)
  • Altitude: 64m (mín.) – 201m (máx.)
  • Duração média: 1h 30 min
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Fácil
  • Época Aconselhada: Todo o ano

PR29SMI – Caldeiras da Ribeira Grande – Salto do Cabrito (Ilha de São Miguel)

Cascata do Salto do Cabrito
Cascata do Salto do Cabrito (Fonte: Câmara Municipal da Ribeira Grande)

Localizado no concelho da Ribeira Grande, este trilho leva os caminhantes a apreciarem as magníficas Caldeiras da Ribeira Grande e a cascata do Salto do Cabrito. O acesso à cascata pode ser feito a pé ou de carro, e uma vez lá, é possível subir uma escadaria para desfrutar de uma vista panorâmica ou simplesmente refrescar nas suas águas cristalinas.

O trilho começa junto às Caldeiras da Ribeira Grande e percorre paisagens naturais encantadoras, passando pela Fajã do Redondo e por várias caldeiras ao longo do caminho.

A emoção de caminhar e atravessar pontes suspensas sobre águas cristalinas é uma experiência imperdível ao longo do trajeto. No final, ao chegar à cascata do Salto do Cabrito, é possível contemplar a sua imponência e desfrutar de momentos de conexão com a natureza.

Características:
  • Distância: 5.7 km
  • Altitude: 120m (mín.) – 330m (máx.)
  • Duração média: 2 a 3 horas
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderada
  • Época Aconselhada: Primavera e Verão

PR3SMI Vista do Rei e Sete Cidades (Ilha de São Miguel)

Trilho Vista do Rei
Trilho Vista do Rei (Fonte: Governo dos Açores)

Partindo do miradouro da Vista do Rei, o início do trilho leva os caminheiros numa jornada até à pitoresca freguesia das Sete Cidades.

Atravessando a cumeeira da Caldeira das Sete Cidades, o ponto mais alto da caldeira, é-se brindado com uma vista deslumbrante: à direita, as imponentes albufeiras da Caldeira Seca e das Sete Cidades, e à esquerda, a costa ocidental da ilha de S. Miguel.

É importante destacar que este trilho atravessa uma área classificada como Paisagem Protegida. Os visitante têm, não só a responsabilidade de preservar e contribuir para a proteção deste ambiente, mas também de conservar a sua biodiversidade, assegurando a integridade deste habitat natural.

Características:
  • Distância: 7.7 km (15.4 km ida e volta)
  • Altitude: 266m (mín.) – 544m (máx.)
  • Duração média: 4:50 horas
  • Circular: Não
  • Dificuldade Técnica: Moderado
  • Época Aconselhada: Todo o ano

Lista de produtos indispensáveis para um dia de trekking

Um dos fatores mais importantes para uma caminhada bem sucedida é a preparação. Com efeito, segue uma lista de produtos essenciais para um dia a caminhar.

FAQs – Perguntas frequentes sobre trekking/hiking

É importante seguir algumas diretrizes, e por isso algumas dicas para ajudar:

  • Certificar de que o calçado fica ajustado corretamente ao pé, proporcionando conforto e estabilidade;
  • Boa aderência e solas antiderrapantes para garantir estabilidade ao caminhar;
  • Optar por materiais respiráveis, permitindo uma ventilação adequada para manter os pés secos e confortáveis;
  • Para garantir a durabilidade, é importante escolher calçado feito com materiais que sejam resistentes ao desgaste decorrente da instabilidade e dureza do terreno durante as caminhadas;
  • Ser impermeável é um acréscimo ao conforto, e é especialmente crucial em ambientes chuvosos, de neve ou geada, riachos ou trilhos molhados.

Para uma caminhada, deve-se usar roupas que proporcionem conforto, proteção e liberdade de movimento.

Optar por um sistema de camadas, incluindo uma camada base que absorva a humidade do corpo, uma camada isolante para reter o calor e uma camada exterior resistente ao vento (corta-vento) e à água para proteção contra as condições climáticas.

Tecidos respiráveis para ajudar a regular a temperatura corporal permitindo a evaporação do suor.

Não esquecer de usar acessórios essenciais, como um chapéu para proteção solar, óculos de sol, luvas e meias adequadas para caminhada.

É importante adaptar as roupas de acordo com as condições climáticas, o terreno e a duração da caminhada.

Pelo menos 2 litros de água por pessoa e alimentos energéticos, como frutas secas e barras de cereais, considerando cerca de 200 a 300 calorias por hora de atividade moderada.

Curativos, pensos, desinfetante, analgésicos, tesoura, pinça e medicamentos pessoais.

Não é necessário, mas é importante iniciar por trilhos mais leves e avaliar a condição física.

  • Pesquisar sobre os desafios específicos de cada trilho;
  • Conhecer a sinalização para uma melhor orientação ao longo do percurso;
  • Caminhar em grupo, se possível, e informar o itinerário a alguém de confiança;
  • Verificar as condições meteorológicas e respeitar os limites físicos;
  • Respeitar a natureza, evitando deixar lixo e perturbar os animais selvagens.

Ao caminhar em áreas com animais selvagens, é importante manter a distância segura, não alimentá-los, respeitar os habitats e evitar tocar neles. Conhecer o tipo de animais de cada região é importante para evitar situações de risco.

A melhor opção é a prevenção. Então é importante verificar previamente as condições atmosféricas, e todas as condicionantes do trilho.

Um bastão de caminhada é um acessório útil para auxiliar durante uma caminhada. Oferece suporte adicional, equilíbrio e estabilidade, reduzindo o stress nas articulações e nos músculos. Além disso, pode ajudar a melhorar a tração em terrenos acidentados e a distribuir o peso de forma mais uniforme.

Conclusão

Explorar os 25 melhores trilhos de Portugal foi uma jornada emocionante e reveladora.

A aventura de explorar belas paisagens, respeitando cada momento da jornada pelo mundo do trekking, é criar memórias inesquecíveis a cada km percorrido.

Com todas as dicas deste artigo em mente, resta uma check-list na mão, calçar os sapatos e começar a trilhar um caminho, deixando pegadas por aí.

Autor

Amante da natureza e de aventura, a Margarida está sempre pronta a explorar novos trilhos durante as suas aventuras de trekking. Apreciadora de boa comida e vinho, procura saborear pratos típicos de cada região, combinando as suas paixões em cada viagem.

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