Um dos vinhos mais únicos do mundo é produzido em Portugal, mais concretamente na Região Demarcada do Douro. A produção de Vinho do Porto já tem quase 400 anos e ultrapassou grandes desafios ao longo dos tempos… e talvez esse seja o motivo pelo qual se tornou tão singular nos dias de hoje.

Neste artigo, vamos explorar a história do Vinho do Porto, o que torna tão diferente dos outros vinhos, como é produzido e os diferentes tipos que existem.

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Tabela de Conteúdos:

História do Vinho do Porto

A marca Kopke, reclama o título de “empresa mais antiga de Vinho do Porto”, tendo sido fundada por uma família alemã em 1638. Isto diz bem da antiguidade deste vinho português e da sua produção numa região que tem tanto de bonita como de difícil.

A Região Demarcada do Douro surge pela primeira vez, ainda que diferente do que hoje em dia conhecemos, pelas mãos do Marquês de Pombal em 1756 com o objetivo de proteger a região e a qualidade e preço dos seus vinhos.

Desde então, várias alterações foram feitas, por questões comerciais, como também por questões de saúde das vinhas (exemplo da filoxera, uma doença da vinha que atingiu o Douro em meados de 1860 e que destruiu grande parte da produção à altura, mudando significativamente a cultura da vinha daí em diante).

Mas afinal, o que torna o Vinho do Porto único?

O que torna o Vinho do Porto único, são, essencialmente, três fatores. O local de produção, a percentagem de açúcar e o grau alcoólico do vinho.

Região

O Vinho do Porto é, antes de mais, única e exclusivamente produzido na Região Demarcada do Douro. Existem várias “imitações” pelo mundo fora, chamado port style, mas a verdade é que apenas o vinho produzido nesta região pode, de forma legítima, chamar-se Vinho do Porto.

Paralelamente, este é um vinho licoroso. Ou seja, é um vinho onde é feita uma paragem da fermentação do mosto pela adição de aguardente vínica.

Este processo permite que o vinho tenha um grau alcoólico mais elevado que os vinhos tranquilos, e que na maior parte dos casos, tenha também uma elevada percentagem de açúcar. E por que é que isto acontece?

Percentagem de Açúcar

O Vinho do Porto chega a ter 130 gramas de açúcar por litro!

Isto acontece sobretudo porque na fermentação (processo no qual o açúcar presente nas uvas é degradado e transformado em etanol), é adicionada aguardente vínica, que interrompe esse processo de degradação. Logo, o açúcar não se degrada e permanece no vinho.

Grau Alcoólico

Com a adição da aguardente vínica, que contém cerca de 77% de álcool, o grau alcoólico do vinho também dispara.

O Vinho do Porto tem normalmente entre 19% e 22% vol. de álcool.

Quais os diferentes tipos de Vinho do Porto?

À semelhança do que acontece com os vinhos tranquilos, também o Vinho do Porto é dividido em Branco, Rosé e TintoEmbora o termo “tinto” não seja aplicado usualmente nesta categoria, pois os vinhos que provêm destas uvas, estão divididos em Tawny e Ruby.

Em quase todas as subcategorias, o Vinho do Porto é um vinho de lote, isto é, mistura várias colheitas de vários anos em busca do blend perfeito. Abaixo iremos detalhar todas as especificidades destas subcategorias.

Porto Tawny

São também vinhos produzidos a partir de uvas tintas, mas envelhecem de forma diferente dos Ruby. Com carácter mais evoluído, mais rico e elegante, assumem cores mais alouradas ou âmbar (por vezes são até confundidos com brancos de muita idade).

Os sabores são, sobretudo, a frutos secos, especiarias e tostado, provenientes do contacto próximo com a madeira, uma vez que na generalidade envelhecem entre 4 e mais de 40 anos em pequenas barricas de madeira, favorecendo a oxigenação e a transferência de sabores entre o vinho e a própria madeira. Também aqui, existe uma “exceção”.

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Indicação idade (10, 20, 30, 40 ou mais anos)

São vinhos que misturam vários lotes de vários anos, e tentam manter um determinado perfil. A indicação de idade reflete o tempo médio de envelhecimento em madeira dos lotes usados no vinho.

Colheita

São vinhos que surgem de uma única vindima (à semelhança dos Vintage nos Ruby). Estagiam em madeira por vários anos e após serem engarrafados estão prontos a consumir.

Porto Ruby

São assim chamados precisamente pela sua cor ser parecida à de um rubi.

Feitos a partir de uvas tintas, são vinhos jovens, intensos no sabor e no aroma e cheios de corpo. Normalmente envelhecem entre 3 e 5 anos em madeira, sendo depois engarrafados. São vinhos que, regra geral, têm notas de fruta preta, chocolate e especiarias e, por isso, ligam bem com sobremesas de chocolate, frutos silvestres ou queijo da serra.

É aqui, nos Ruby, que surge a primeira “exceção à regra“!

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LBV (Late Bottled Vintage)

Este é um vinho que é apenas de um ano ou de uma vindima. Não podem ser misturados vinhos de diferentes anos no lote, e o vinho é engarrafado 4 a 6 anos após a vindima, podendo depois envelhecer em garrafa por vários anos.

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Vintage

É um vinho de um ano de qualidade excecional e que só poderá ser declarada pelo IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto). Só existem duas formas de um vinho atingir esta distinção:

  • O IVDP, pelas condições excecionais de um ano na região (estado do tempo, qualidade das uvas, etc.), decide declarar ano Vintage e todos os produtores podem produzir vinhos Vintage (após submissão à aprovação do IVDP);
  • Os produtores, por acreditarem que têm um vinho excecional, submetem o mesmo à apreciação do IVDP e o instituto declara que aquele vinho em específico (de uma única vindima e de uma única quinta) é Vintage.

Um Vintage é, normalmente, engarrafado 2 anos após a vindima, podendo envelhecer em garrafa por décadas.

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Porto Branco

É produzido a partir de castas de uvas brancas e, normalmente, envelhece em balseiros (grandes recipientes de madeira) ou barricas de madeira. Este contacto com a madeira, faz com que o vinho se torne mais escuro, passando de um amarelo palha para um dourado, ou até alaranjado, nos vinhos mais velhos.

Os lotes mais jovens estagiam em madeira cerca de 3 anos, e os mais antigos podem atingir 40 ou mais anos.

São vinhos intensos e aromáticos com sabores que podem ser mel, citrinos ou frutos secos. A sua doçura varia, e pode ir desde um extra-seco (ótimo para porto tónico), a um muito doce (lágrima) que combina muito bem com doçaria conventual.

 
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Porto Rosé

É produzido a partir de uvas tintas e estagia igualmente em madeira. Normalmente, este estágio acontece em balseiros, de forma a que o vinho tenha pouco contacto com a madeira, mantendo assim o seu sabor a fruta vermelha (framboesa, cereja, morango, etc.) e a sua vivacidade.

É também bastante usado em receitas de porto tónico.

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Conclusão

Para aprender um pouco mais, nada como provares estes magníficos vinhos! Deixamos o link para o artigo “Os 10 Melhores Vinhos do Porto: do Tawny ao Branco”

Existem várias garrafeiras espalhadas pelo país onde os podes adquirir facilmente. Podes ainda fazer um programa em família e visitar as várias caves de Vinho do Porto, existentes na ribeira de Vila Nova de Gaia (Avenida Diogo Leite/Ramos Pinto) que quase sempre terminam as suas visitas com diferentes provas. Ou ainda, podes visitar o website do IVDP.

Esperemos que tenhas gostado do artigo e que desfrutes de um bom Vinho do Porto!

Autor

O Rodrigo adora viagens, conhecer novas culturas e aproveita as suas deslocação dentro e fora de Portugal para viver experiências gastronómicas sempre acompanhadas de um bom vinho tinto, branco ou rosé.

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