A AMD, também conhecida por “Red Team”, tem desde a sua criação tentado concorrer com a Intel, e lançou em Julho os seus processadores AMD Ryzen 3000. Tem, desde o seu inicio, definido a linha ténue que impede a Intel de ter um completo monopólio do mercado e só por isso tem sido razão para que tenha muitos apoiantes.
Antes da linha Ryzen
A intel tinha tomado o mercado para si sem contestação, a linha core2 duo foi imensamente bem sucedida e as respostas da AMD não surtiram o efeito esperado pois a sua tecnologia focou no aumento de cores prevendo uma evolução de desenvolvimento de software que só muito mais tarde aconteceu. Ficaram assim com um produto à frente do seu tempo e que falhou comercialmente porque o desempenho single core dos processadores da Intel foi sempre ímpar durante muitos anos.
A arquitetura Bulldozer e seus derivados, alimentaram a linha FX e com sucesso a linha de APU da AMD mas esta arquitetura, esteve sempre muito atrás da sua concorrente. Além de nunca conseguirem desempenhos de single core que tornassem os seus cpus relevantes também nunca conseguiram ter eficiência energética.
Os processadores sobre-aqueciam e não conseguiam desempenhar como os da Intel o que deixou a AMD no limbo durante muitos anos e o domínio da Intel tornou-se quase absoluto.
Algo que ajudou imenso a subsistência da empresa foi a produção de chips para consolas, para as quais criaram a linha Jaguar, que veio a equipar a PS4, PS4 Pro, Xbox One e OneX. Sabemos já que a AMD irá equipar, com processador e chip gráfico, a próxima geração de consolas tanto da Playstation como da Microsoft. Por si só são números muito interessantes pois só a PS4 vendeu 100 milhões de unidades o que significa um igual numero de processadores e gráficas vendidas só aqui.
Chegada dos Ryzen
Em 2016, chegou ao mercado a primeira geração de processadores da arquitetura Zen, receberam o nome de AMD Ryzen e consigo traziam a promessa de um desenvolvimento continuo e sustentado, com avanços tecnológicos e melhorias de geração para geração.
Logo à partida os Ryzen 1000 foram competitivos e começaram a ganhar espaço de mercado com desempenho muito semelhante ao que a Intel apresentava. Nesta altura, a Intel havia lançado várias gerações de processadores que não entusiasmavam ninguém, de tal forma, que os seu consumidores não viam grande valor em fazer upgrade de um produto de 4ª geração para um produto de 6ª geração.
A primeira geração coloca nas mãos dos consumidores um produto diferente com a contagem de cores a aumentar e a trazer grandes benefícios a nível de produtividade enquanto se mantinham competitivos em gaming. A Intel tinha acabado de lançar no mercado os seus Kabylake que em nada impressionaram e apenas tiveram a capacidade de trazer ganhos marginais em relação aos seus antecessores.
Com o lançamento da segunda geração de Ryzen, a AMD consegue finalmente assustar a Intel que se debate com problemas de disponibilidade dos seus produtos mais procurados.
Ficava claro que os produtos AMD Ryzen tinham surtido um impacto notável no mercado e as suas vendas subiram. Se a isso juntamos o facto de a Intel ter falhado em colocar no mercado unidades suficientes dos seus produtos que resultou num aumento exagerado dos preços.
Dessa forma os Produtos da AMD conseguiram superar as vendas da Intel pela primeira vez em muito tempo.
Chegada da 3ª geração AMD Ryzen e seu impacto
Em Julho de 2019 chegam os novos Ryzen série 3000 que apresentam uma nova arquitetura de 7nm, e produtos que se batem com a 9ª geração da Intel. Com preços consideravelmente melhores e o desempenho multicore bastante superior, posiciona-se ao mesmo tempo muito próximo nos outros parâmetros de desempenho, fazendo dos novos Ryzen uma proposição de valor difícil de bater.
Com a nova arquitectura de 7nm os novos AMD Ryzen são agora capazes de clocks mais elevados, melhor eficiência energética, mais cores e especialmente maior IPC (nº de instruções por clock).
Algo que promete nesta nova geração são os upgrades nas motherboards com chipset x570 que introduzem no mercado de consumo PCIe 4.0 que se afigura um padrão para um futuro próximo.
Muito embora os processadores Intel se distingam na utilização de gaming, visto que a grande maioria dos jogos não utiliza mais que 4 cores, ainda assim a diferença não é muita e os valores dos produtos é significativa.
Estes novos processadores acabam de chegar ao mercado e ao mesmo tempo chegam noticias do Japão de que a AMD atualmente já vende mais do que a concorrência. Porém ainda existem problemas que têm assombrado um pouco este lançamento e apesar de já terem sido lançadas atualizações de BIOS para correção, estas ainda não foram conclusivas e obrigarão a novas revisões muito em breve.
No entanto, este não deve ser um fator decisivo na escolha de compra, pois é algo que certamente estará resolvido muito em breve.
Sugestão preço médio alto desempenho
Como melhor cpu gaming neste momento, escolhemos o AMD Ryzen 5 2600.
A um preço muito baixo, tem tudo aquilo que os gamers precisam para jogar, garantindo a experiência do usuário. O processamento multicore, garante também que esta escolha pode ser uma excelente plataforma de trabalho.
Ainda assim, para além deste processador em concreto, a AMD contempla uma gama com mais possibilidades, bem como a concorrente Intel. No entanto, quem procura um computador, e quer saber como escolher um portátil, deve ter em atenção não só ao processador, mas também a outras características, dependendo do tipo de utilização.
Atualmente, o processador AMD Ryzen 5 2600, ao preço que está, não tem rival. E pode ainda ser alvo de overclock, melhorando o seu desempenho. O cooler de origem é competente e aguenta bem o cpu, mesmo com ligeiro overclock.